Abraçando o desafio da Direção de Serviços de Projetos Educativos da Direção-Geral da Educação, no âmbito da área curricular de Cidadania e Desenvolvimento, os alunos do 10.ºA, na disciplina de Português, continuam à procura de provérbios que infiram uma desigualdade de género, em seguida argumentam, desconstruindo essa realidade e finalmente atualizam o provérbio à luz dos princípios e valores consagrados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO).
E assim o provérbio do mês de MARÇO é …
“Deus nos livre da burra que diz “chim” e da mulher que sabe latim.”
Argumentação:
Durante muito tempo, o ensino era vedado às mulheres, assim a estas era reservado um papel de submissão às opiniões das figuras masculinas. Quanto menos instruída fosse a mulher, maior era a capacidade de o homem a dominar, uma vez que esta teria, à partida, dificuldade em pensar por si própria, defender as suas posições e argumentar.
Neste provérbio, está explícito que a burra que não teima e a mulher com instrução são dois seres igualmente indesejados, a primeira porque vai contra a sua natureza, a segunda porque convém que assim aconteça numa sociedade onde a subjugação do género feminino era norma.
Deste modo, é possível inferir que a mulher instruída era vista como algo indesejado e frequentemente comparada a uma burra, tida como um animal teimoso e desobediente, que não se deixa demover facilmente das suas vontades.
Provérbio atualizado:
“Burras teimosas e mulheres instruídas,
Jamais serão diminuídas!”